7 de jun. de 2011

Naufrágio de um Poeta

Nado
na
esperança 
vazia
no mar da 
solidão

meus medos chocam-se
com os
rochedos
das
saudade

o mar
imenso
e
profundo
junta-se
com
meu
âmago
que
afunda


submerso
sozinho

nos versos
procuro respirar

minhas escritas
brigam
na
arrebentação

meus poemas são
meu
colete
salva vidas

minha nau esta a
deriva

na tormenta
violenta

tomo vinho
brindo sozinho

vendo o naufrágio
trágico

indo
a
pique

vou

afundar
devagar

só me 
resta

versar
no
fundo
do
mar

Nereu Airto

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