5 de jul. de 2011

POETA ALADO

Sou um poeta alado
tenho asas
e
saio
à
voar

Mas tomo cuidado
pra que esse segredo
não seja revelado

Só alço voos quando
anoitece

pra que ninguém me
veja

O véu da noite nunca dará
certeza
se alguém do alto verá minha
silhueta

Vão alegar que são pássaros
ets
ovnis

mas nunca vão imaginar
que sou um homem

Nemhum radar conseguirá me
identificar

Assim sigo a voar
ás vezes plainando
em nuvens branquinhas

ás vezes rasgando os céus
como um foguete

no brilho das
estrelas

Ao olhar da lua

Ás vezes corro perigo
pois a noite tem suas armadilhas

anjos da morte
tentam me seduzir
me oferecendo riquezas
mundanas

em troca pedem minha a'lma
e o coração de quem me ama

Ás vezes sou atacado por
vampiros sangue-sugas
querendo enfiar os caninos
na minha jugular

Mas sempre estou á escapar

encontro também
seres de luz

cavalos alados que são
montados
por lindas
amazonas guerreiras

elas protegem a entrada do
céu

Anjos
querubins
fazem graça pra
mim

Vendo a terra aqui de
cima
vejo muita tristeza

destruição da natureza
guerras
miséria
pobreza

tomara que o bicho homem
aprenda logo

antes que seja tarde o
arrependimento

Vou voando a favor do
vento

vejo casais se amando
boêmios se embriagando

Acordo uma coruja
preguiçosa

surfo numa estrela cadente
leio uma poesia na torre de
um edifício

Escuto uma melodia
que me deixa emocionado
ela vem do fundo do mar

acho que uma Iara quer me afogar
no oceano do amor

mais voltei a razão
nesse feitiço não
caio não

Logo o dia vai raiar
vou bater as asas
e pra casa
voltar


Nereu Airto

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