9 de jun. de 2011

Medos

As vezes vejo fantasmas
no canto da sala
vultos
espíritos malevolos

mais consigo encara-los
eles me olham com
escárnio

talvez se assustem mais do
que eu

vozes do além
de quem já morreu
já escutei

corpos que foram
invadidos
por maus espíritos

mais não fico aflito
não entro pânico

acho que eles 
tem muito
mais a temer
pois mesmos desencarnados
ainda estão a sofrer

as vezes sinto que a noite
quer me levar
com seu negro véu 
quer me raptar

mais sonhando viajo
mais 
e logo fico amigo dela
pois pra mim a noite e sempre
misteriosa e bela

ate a lua que sempre vejo
romântica e calma

as vezes penso
que comer
minha alma

me cobra por pessoas que ela
julga não amei
e pensa que assim a traio
também

quando menino tudo isso me
causava pânico
medo
pavor

o oculto
o escuro

hoje faz parte,talvez
a pior maldade
ta na vida
no dia a dia

ate a morte
que tanto me fez chorar

hoje não me assusta
tanto

as vezes por culpa dela
caio em prantos

o peito doí

mais não a olho mais
como de quando eu era
criança

fúnebre de foice na
mão

um dia ela terá que aparecer
o que fazer,

quem sabe ela não venha
bonita
sorridente

e fale pra mim assim

-Deixe esse corpo mundano ai
poeta e vejo o mais belo que um homem
pode ter ,

uma alma livre e pura.


Nereu Airto

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